Thursday, August 16, 2007

Livros

Quem folhear os livros que estudei na faculdade, é capaz de ficar um pouco... escandalizado. Estão sublinhados a cores, com inúmeros comentários (a caneta!), com as pontas dobradas nas passagens mais relevantes. São poucos os espaços deixados em branco, o que torna difícil a releitura, mas a minha intenção era mesmo essa: espremer o conteúdo e ficar com uma versão concentrada que era mais fácil de abordar e de reter na memória.

Acho que o único exemplar que quase escapou ao meu graffiti livresco (com anotações minúsculas a lapiseira) foi Songs of Innocence and Experience de William Blake. Não foram os poemas que me impediram de atacar as suas páginas (afinal, as palavras gostam de companhia...), mas sim as suas iluminuras fantásticas.

Talvez por estar habituada a deixar a minha marca nos livros, gosto imenso de comprar obras em segunda mão. Além disso, são bem mais baratas e revertem geralmente para fundos humanitários (são as chamadas charity shops, bastante populares na Irlanda). De início, ficava tentada a adquirir livros que pareciam novinhos, mas vim a descobrir que isso se devia não ao cuidado do leitor, mas ao carácter desinteressante do exemplar em questão. Mudei de estratégia: agora procuro lombadas cheias de pregas e cantos dobrados... São vestígios de horas bem passadas. Um desses exemplos foi Gentlemen and Players de Joanne Harris: um livro de suspense que se devora de um só fôlego!

2 comments:

Unknown said...

Amiga,

lembro-me bem desses livros... recorri a eles várias vezes :).

Um beijo sublinhado,

ana f

Zenda said...

Luisinha
Os livros querem ser mexidos e remexidos.
Tenho "alguns" com anotações.
Bjs de CB e da Zenda