Apesar das muitas dores de cabeça e vergonhas em público que passámos, felizmente ele tem melhorado, só que agora em vez de birras, entra em negociações. "- Benjamin, vá lá, come mais cinco colheres." "- Não, mamã, como seis." (ele sabe que se escolher um número menor do que o meu eu não vou na cantiga). "- Benjamin, arruma o jogo." "- Só se me ajudares mamã." "- Benjamin, vem cá." "- Só se me deres a mão". E por aí adiante.
Para tentar moldar um pouco o carácter do nosso filho do meio decidimos inscrevê-lo no taekwando. Mesmo aqui ao pé de nós há uma academia fantástica e começam logo a ensinar os miúdos aos quatro anos. Ele ficou tão babado quando vestiu o dobok pela primeira vez!
(Notem que o professor até escreveu o nome dele em coreano no uniforme!)
Durante a aula, o Benjamin estava fascinado com os movimentos, as palavras em coreano e com o coro em voz alta a responder ao mestre "YES, SIR!" Estava a tentar concentrar-se, mas era tanto para aprender que ou fazia o movimento, ou dizia as palavras, raramente os dois ao mesmo tempo. Deu-me vontade de lhe ir dar um abraço e segredar que com o tempo ia ser mais fácil (mas não o fiz). Lá para o fim da aula, o mestre Lee, muito sério e circunspecto, pergunta: "IS EVERYBODY HAVING FUN?" Toda a gente responde "YES, SIR!" (se dissessem que não provavelmente estavam feitos ao bife).
O Benjamin não saiu de lá nada acanhado e está convencido de que é um craque no taekwando. Mal posso esperar pelo dia em que quando eu lhe pedir para fazer alguma coisa ele responda com a mesma convicção (e sem negociações): "SIM, SENHORA!"
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