Na Irlanda, as segundas-feiras não têm tão má reputação como em território luso. Passo a explicar: os feriados cá são às segundas (com excepção do Natal e do dia de São Patrício), o que significa que todos os anos temos vários fins-de-semana alargados para relaxar, viajar, visitar família ou amigos. Tudo isto, sem necessidade de criar pontes que acabam por trazer ainda mais custos a uma economia em crise profunda.
É pena que a proposta das deputadas Maria do Rosário Carneiro e Teresa Venda não tenha sido aceite em Portugal. Mesmo reduzindo o número de feriados, os portugueses sairiam beneficiados: mais vale ter 3 dias seguidos de folga várias vezes ao ano, do que feriados a conta-gotas.
Isto tudo a propósito de termos tido as nossas primeiras mini-férias a quatro. Na sexta-feira passada lá fomos nós (e o carrinho de bebé do Ben e o penico do Daniel e o intercomunicador, etc, etc) passar uns dias a Sligo. Os preparativos e a viagem em si foram cansativos, mas ir à casa dos meus sogros é uma experiência de relaxamento profundo. (Se o Muhammad Ali tivesse passado um fim-de-semana com eles umas décadas atrás, teria trocado boxe pela jardinagem). Até o Benjamin dormiu melhor à noite: 5 horas na sexta, 6 horas no sábado e 7 horas no domingo. Soube tão bem compensar as horas de sono em atraso... Basicamente, eu e o Bruce passámos o tempo a comer e a dormir, enquanto os avós se deliciavam a entreter os netos. Rica vida! E, no fim, como de costume, regressámos com o carro cheio de mimos: pão caseiro, alface e ruibarbo da horta, queques da avó... Infelizmente, o "efeito Sligo" passou assim que chegámos a Sixmilebridge: o Ben lembrou-se que afinal acordar a meio da noite é muito giro.
P.S. - Para aqueles que nunca ouviram falar de Sligo, dêem uma espreitadela aqui. É dos cantinhos mais belos do planeta!
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