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Não, não me refiro ao país, refiro-me ao Dustin, o único perú da Irlanda que ao longo de quase 18 anos tem escapado a ser cozinhado para almoço de Natal. O seu
début televisivo foi num programa infantil, mas ao longo do tempo tem cativado cada vez mais os adultos. Prova disso é o facto de ter ganho a eliminatória para o festival da Eurovisão. Preparem-se para o nunca visto! O início da música "
Irlande douze pointe" é absolutamente atroz, mas acabo por ficar rendida.
A música, a letra, os bailarinos são uma paródia à Eurovisão e, mesmo sem ter ainda ouvido os outros concorrentes, duvido que alguém supere a originalidade irlandesa (sim, eu sei, talvez um pouco exagerada, mas absolutamente fora do vulgar).
A verdade é que a Eurovisão já não é o que era, e estamos todos (?) fartos de ouvir sempre o mesmo. Não foi sempre assim, pois não? Ainda hoje passei uma hora a navegar pelo
"youtube" e a rever as músicas de 1993, o melhor ano de que me recordo. Chamem-lhe nostalgia se quiserem, mas a verdade é que este festival esteve recheado de pérolas: desde a fantástica
"Eloise" (Suécia, merecias ter sido a vencedora!), à caixinha de música da
Croácia, ao desabafo feminista da
Espanha, à
música de discoteca holandesa, ao
ritmo electrificante do Reino Unido, a lista continua. Até
a nossa Anabela teve uma actuação bem simpática. E adivinhem quem ganhou: a
Irlanda! Lembro-me que fiquei fula quando soube o resultado. "In your eyes" até nem era má, simplesmente não era suficientemente boa. Na altura parecia moda: ano sim, ano sim, a terra das ovelhas encharcadas arrecadava os louros. Até que no ano passado, foi o choque total: "Irlande nil points". Agora, só mesmo com o Dustin é que vão lá!